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26.7.10

Rodrigo .


- É ele – sussurrei enquanto abaixava a cabeça e sorria.
E assim passou com toda sua perfeição. E era bonito demais pra ser um simples aluno novo.
Olhando ao redor da sala, vi que ninguém estava olhando.Era como se não existisse. Aquilo me intrigou muito... Como ficavam imunes aquela beleza? Eu não conseguia. Seus olhos azuis deixavam claro que tinha alguma coisa escondida ali.
Quando o sinal do intervalo tocou, foi o primeiro a sair. No intervalo não o vi em lugar algum. Voltando para sala, foi o ultimo a entrar.
Eu nunca me senti intimidada com nenhum garoto, muito pelo contrário, me dava muito bem com eles. Eram criaturas normais...  Mas ele era TUDO, menos normal.
O sinal de ir embora soou e eu me levantei. Dei um beijo na Jack, e fui andando. Mas sabe aquela sensação de estar sendo seguido?
Virei para olhar para trás e não vi nada, Quando me virei , levei um susto:
-AH! – foi um grito histérico de verdade. Me envergonhei– Desculpe, você me assustou.
- Eu peço desculpas – disse ele em um tom calmo, um perfeito cavalheiro– não fomos apresentados. Meu nome é Rodrigo.
- Prazer, Alice – disse confusa.
- Alice... - ele pegou minha mão e a beijou – muito prazer. Parece que moramos no mesmo caminho. Posso te acompanhar?
- Sim...  – eu estava realmente confusa. Ele apareceu do nada, na minha frente.  Mas era tão lindo... não consegui recusar sua companhia.E ele estava ali , na minha frente. Eu que sempre fui tão estranha , parecia sempre estar no mundo errado.
Nos 20 minutos que se passaram, fomos conversando sobre tudo. Ele era culto, tinha uma pronuncia impecável. Disse-me que veio da Inglaterra, mas parou por ai.
Quando vi o portão da minha casa, percebi que o sonho iria acabar.
- Chegamos...
- Que pena. Foi uma caminho muito agradável. Você é uma mulher encantadora.
Dita essa palavras, me perdi, e só me dei conta quando o beijo acabou.
- Este é o meu telefone –me entregou um papel com uma caligrafia muito fina – me ligue amanhã. Quero que vá jantar comigo.
E desapareceu antes que eu pudesse dar a resposta.
No outro dia, ele não estava na escola. Ninguém tinha o visto em lugar nenhum. Alias, me responderam que nem sabiam quem era.
Caminhei sozinha pra casa , e quando cheguei , resolvi ligar. Uma voz atendeu.
- Alô... Por favor, o Rodrigo?
- Quem gostaria? – a voz do outro lado parecia realmente espantada.
- Alice. Ele está?
- Olha Alice – a voz falava de um jeito como se fosse me dar uma péssima noticia- deve estar havendo um terrível engano. Rodrigo é meu avô, que morreu há muito tempo atrás, assim que veio da Inglaterra. Ele deixou uma empregada de lá grávida, e nem sabia. Morreu com mais ou menos 19 anos. Era muito bonito por sinal, tinha olhos lindos. Você o conhece?
O choque percorreu meu corpo. O telefone caiu da minha mão, e lágrimas dos meus olhos. Senti uma mão fria na minha cintura , e quando me virei, ele estava lá olhando ,assustado.
- Aconteceu algo, Alice minha querida?

Um comentário:

Clauber Nascimento disse...

Também li no outro *0*

AEUUEhueuheuhauhhuaeuauhuaheuaheuaheuahu

Ligeira impressão de que sei de cor teus poemas hmm