Para ouvir:You Are My Sunshine-Johnny Cash
Deitou na cama com o cabelo molhado e o livro recém comprado.Eu fingi que não percebi, pois estava no final do livro que lia a um certo tempo, mas o reparei em cada movimento, sem entender o porque meu coração pulava daquela maneira quando o via.E eu o via sempre, nos finais de semana, as vezes em uma transa rápida (mas calma) na hora seu almoço de trabalho, em feriados e tudo mais.Meu Deus, como eu o queria por perto e o queira bem e o queria pra mim.Mesmo ele sendo meu, eu o queria mais, o queria tatuado, dentro, apertado, me beijando e sendo dele, e que isso nunca terminasse.Sorri sozinha do arrepio que deu lembrando do beijo que ele me dá na nuca as vezes.Meio do canto de olho, observei ele pegando os óculos e abrindo o livro.Por que tão lindo meu Deus?
Era um amor que doía.Não do jeito ruim, não era um relacionamento complicado - devido ao seu jeito calmo de sempre calar meus xiliques com beijos e falar ' você tá certa pequena" mesmo quando eu não estava, só pra acabar a briga ali e depois conversarmos com mais calma outra hora -e não era uma namoro a distância, já que só quinze minutos de caminhada em um caminho bonito separavam nossos apartamentos.Mas doía de tão forte que era, de tão lindo que era, de tão perfeito que aquilo era e de tão nosso que era.Eu tinha vontade de chorar de alegria quando abria os olhos de madrugada e o via dormindo, tão lindo, tão meu.As vezes chorava mesmo.As vezes ia até a cozinha, meio que pra pegar um copo de água meio que pra ler o "do nosso amor a gente é quem sabe pequena" que ele escreveu com caneta que se escreve em cd na minha geladeira, que era pra não sair nunca mais, segundo ele.E ai eu tomava água e voltava pra cama e pulava nele, pedindo pra ele ficar comigo pra sempre, e pra não esquecer que eu o amava demais.E ele mesmo sonolento e mal humorado, me beijava do jeito mais doce possível e dizia que ficaria comigo até quando eu quisesse,mas que naquele momento ele precisava descansar pra poder me amar no outro dia de manha do jeito que eu gostava.E eu ficava lá, olhando um pouco pras tatuagens até pegar no sono.Tatuagens essas que eu olho agora, meio de canto de olho fingindo ler.E olho para aquela perto do pulso, que eu tenho igual no mesmo lugar e tenho vontade de largar meu livro e beija lo até o outro dia de manhã.O livro já não faz sentido, mas eu estava acostumada.Quando ele estava por perto, nada fazia sentido.
- Vamos dormir pequena?
- Eu te amo.
- Vamos dormir daqui a pouco então.
Ele me beijou daquele jeito gostoso na nuca, e eu senti aquele cheiro gostoso de shampoo no cabelo recém lavado.Depois de tanto tempo, o toque dele ainda dava choque - parecia que tudo no meu corpo era de um pólo inverso ao do corpo dele, que assim que se encontram, não largam tão cedo.E mais uma vez, (talvez a 248° do dia) eu agradeci a Deus, ao Cosmo, ao Universo, a Zeus e a todas as entidades cósmicas que existem por terem me dado esse presente tão grande, que é poder te lo pra mim e ser dele.E de como eu queria que fosse pra sempre.
ps : completei 19 anos de vida no sábado, dia 7.Obrigada por você estarem fazendo os meus 17 anos de vida durarem tanto tempo ♥♥♥
Um comentário:
Lindo, muito lindo! o toque dele ainda dava choque... *-*
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